quarta-feira, 31 de agosto de 2011

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

lugar onde eu nunca fui

- DEPOIS DE UMA AULA SOBRE "EM BUSCA DO TEMPO PERDIDO" EU FICO ASSIM ESCREVENDO COISAS QUE NEM SEI BEM O QUE SAO, MAS ESTÃO EM MIM DE ALGUMA FORMA.


Nada parece querer aparecer.
Ele falou do personagem que bateu em quase todas as portas do corredor e não conseguiu abrir nenhuma; Mesmo assim esse personagem queria entrar, queria ver o outro lado. Tentou, bateu, desejou e nada. Não entrou, nenhuma porta abriu. E um dia, bastante tempo já passado, sem querer esbarrou na única porta que ele não tinha desejado, e ela por acaso abriu. E como ele já tinha tentado todas, e como essa abriu assim - sem querer, abriu assim - de repente, ele nem pensou, entrou. Antes que pudesse refletir sobre qualquer idéia ou impressão lógica, ele já havia sido tomado pelos seus sensores mais finos, ele acessava através daquela porta, pura sensação, algo que independia de um entendimento, de um por que. Era o que era, e era só naquela porta e não noutra. Ele achou que o sentimento de prazer fosse permanecer, ele achou que seria assim, sempre. Ele chegou do outro lado, sentiu seu rosto molhar, os olhos levemente arderam, manifestações breves, que em seguida o deixaram.
O importante nisso tudo, é que ele não voltou, eu quero dizer, não optou por sair e fechar a porta. Ele entrou e deixou a porta aberta, afinal é bom deixar a corrente de ar passear de um espaço para o outro, é bom sentir a brisa com a bagagem de diferentes ares por onde ela já passou. Ele não quis, ou não sentiu a necessidade de definir aqui ou ali, ele entrou. Entrou em algum tipo de êxtase, tomou mais alguns passos e foi cobrado pela vontade de encontrar de novo a mesma sensação. Talvez ele tivesse presenciado alguma parte da arte, um pedaço, algo que talvez nem tenha nome, e nem seja arte, mas não consigo pensar em outro estado que não arte, ou outra área que não a criação. Mas também eu não sei de quase nada. Como ele, fico querendo sentir, mas nesse desejo pela sensação me distancio do presente, e acabo nem sentindo e nem refletindo sobre. Eu me encontro sempre no mesmo lugar ou em lugar nenhum – o mesmo onde possivelmente mora a maioria que tem medo de viver e a maioria que tem medo de morrer. Um lugar de ausência, não uma ausência parte de um todo, que ora está presente, ora vazio. Mas uma ausência permanente, uma ausência reativa e passiva.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

TER OU NÃO TER FILHOS, EIS UMA QUESTÃO