sábado, 12 de fevereiro de 2011

Influencia de Virginia

Nas palavras de Virginia tenho me intimidado. Meu peito abre para possibilidades, eu sonho que escrevo, sonho histórias que não minhas, me inspiro. Acordo com o corpo, pensamento e alma em conflito. Os três não conseguem sequer discordar de algo que pudesse fazer algum ou qualquer sentido que preste algumas linhas. Não há sentido, nem loucura dentro de mim, tenho estado de acordo com o meio. Ainda não consigo organizar uma leitura desse momento. Se fosse para ler sem uma reflexão prévia diria rapidamente que é péssimo, seco e improdutivo.
O bom é sempre ter uma opinião, expressar algum sentimento, idéia, lado que seja.
Mas será?
Nessa hora de contemplação me arrisco à apenas achar que não ter opinião pode ser positivo. Não ter opinião talvez faça parte do vazio, como o medo, a insegurança, o desconhecido. - Me refiro a aqueles, que como eu, se definem não apenas pelas suas opiniões, mas pela satisfação em comunicá-las, é claro. Sem opinião e intimidada por frases, poesias e construções que de certa forma estão por agora conseguindo me satisfazer, me trazer reflexão e idéias que me deixam quieta, só sentindo. Só encontrando um canal, que mesmo vindo de fora me conecta comigo, e talvez mais importante me conecte com o fora, com o outro, com a outra.
Mas pode não ser nada disso. Pode não ser nada.

Um comentário:

  1. "porque todos precisam dizer algo. alguma coisa que merece ser respeitada, amada ou perdoada pelos demais". Galeano

    é impossível existir sem achar,sem dizer. Somos seres da palavra. Clarice, por exemplo, dizia que a palavra era o seu domínio sobre o mundo.

    "estado de acordo com o meio": fantástico. quase como dizer que tem acordo com aquilo que
    falta e com o desejo.

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