quarta-feira, 9 de junho de 2010

Ontem, hoje e amanhã...

Hoje não foi ontem e ainda não é hoje, pelo menos o hoje que eu tinha antecipado, o hoje que eu tinha pedido. Hoje foi um hoje, e ontem um ontem, mas amanha, podia não ser um amanha, mas o amanha. Ai que vontade que dá de ver o que foi, sem correr o risco de abrir mão de todas as possibilidades de amanha. A separação do outro, uma separação de mim, de mim no outro, de mim com o outro. O outro sou eu, eu estou no mundo, nos outros, no fora. E por que fico sempre olhando pra dentro - o fora, posso me encontrar no fora que no fundo é dentro, e vira fora, porque é o que me conecta com todo, com a presença, com o hoje. Ontem, amanha é o dentro que vem de fora, quero o fora que vem de dentro. Essa peça que eu não consigo continuar, processar esse papel que me inspirou e me moveu. Vivo um momento de estagnação, quando penso no que venho criando. Quase não escrevo, quase não leio e quase não percebo as infinitas possibilidades do estar.

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