terça-feira, 22 de junho de 2010

Sem Título

31-08-09
Vida que passa, deixa tudo apertado. Eu penso em qualquer coisa que não seja alguma coisa, mas a verdade é que qualquer coisa leva ao estado anterior, do nada, do que eu não quero, do que eu busco preencher. Vazio devia ser, estar parte integrante do que é estar cheio. Cheio de que, pra que e por quem que eu me encho? Quando é pra eu estar assim ou talvez daquela outra possibilidade, eu venho e fico apertada, pressionada, quero explodir gritar um sentido que não me faz sentido ainda, tudo é tão violento, e eu nem sei o que é esse tudo, como está esse tudo agora. Sinto o tudo, o todo, quero atravessar, e estar outra, perceber outro. O hoje é violento, me rasga, uma queimadura gelada, que conforta o que não deveria ter solução, mas é justamente, essa não resposta, não completo, essa permanente impermanência. A linha não existe, é uma concepção, nós aprendemos esse linear. Essa regra, essa ordem me confunde, não vem naturalmente, já nem mais sei o que é natural, tudo ficou separado. Diagramas de ordem, de desordem. Um assim , o outro sei não. Eu não sei, queria que a curva, que o desvio me fosse expressão de mim mesma. Algo orgânico, que só está. Eu me esforço, e ainda não sei, ainda não quero, ainda não estive. Som que eu não ouço, me segrega do todo. Estou à parte, em cima, embaixo, do lado de fora. A ordem é jogar, pronto, vai longe! Não fica! Eu falei não fica, não quero você, quero que você faça exatamente o que eu pensei, imaginei. Faça o favor de ilustrar meu o pensamento, não tem espaço para a dúvida e muito menos para o erro. Só vai pra frente! Escuta, você vai ou não vai traçar uma reta! Eu não vou ficar aqui esperando, esses longos segundos, minutos, esse tempo que eu inventei. Fui eu que inventei sim! Tá duvidando de que? Se eu falei é porque é! O tempo é meu, com todas as suas medidas, eu também inventei as medidas, elas medem , medem minhas vontades sobre você. Então... o kilo, o litro, pés, quarto... criei outras medidas. Diferentes possibilidades, mas todas fazem a mesma coisa. Que falta de criatividade que eu tenho, coisa tão boba. Tão boba essa idéia que inventei, idéia de querer dizer que eu que inventei, que são minhas, que eu sou a autora. Ai ai, estou me perdendo, não consigo mais pensar no que te falar, em que ordem te dar. Pula da janela, pronto, vai voa longe. Você não cai, não tem gravidade. Olha pra mim, você vê gravidade no meu corpo, você vê gravidade nas minhas palavras, nas minhas ordens, no meu caos?

Um comentário:

  1. DIANA,

    NÃO CONHECIA O SEU BLOG.

    ACHEI REALMENTE, MUITO INTERESSANTE E TENHA A CERTEZA DE QUE VOLTAREI SEMPRE AQUI.

    TAMBÉM, APROVEITO PARA CONVIDAR VOCÊ A CONHECER O MEU BLOG:

    “HUMOR EM TEXTO”.

    A CRÔNICA DESTA SEMANA É SOBRE UM TEMA BASTANTE POLÊMICO.

    SE PUDER, CONFIRA E SE QUISER COMENTE, POIS LÁ O MAIS IMPORTANTE É O SEU COMENTÁRIO.

    UM ABRAÇÃO CARIOCA!

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