domingo, 8 de agosto de 2010

Sem ar, tudo apertadinho, miudinho.
Sem ar, tudo perdido, achado, sem ordem.
Sem ar, tudo errado, certo.
Sem ar, e tudo não me diz nada.
Sem ar, querendo saber de tudo, mas o nada é que está.
Sem ar, com ar para olhar, sem ar para receber.
Sem ar para olhar, sem ar para aceitar.
Sem ar para confiar na vida. Sem ar para confiar no outro, confiar em mim.
Sem ar, porque sem ar.
Sem ar com medo de respirar, sabe-se lá o que é que eu posso sem querer colocar para dentro.
Sem ar, porque já não sei mais como renovar; algumas possibilidades que no vácuo não se tornam e não me encontram.
Sem ar pela vida, sem ar por mim, sem ar por mins.
Sem ar e pronto.
Sem ar...
Sem ar, porque agora acho que não quero respirar, porque agora esqueci como é que se respira.
Sem ar, porque percebi que respirar é um ato voluntário.

Nenhum comentário:

Postar um comentário